quinta-feira, 13 de junho de 2013

Alemanha – Berlim



Após a gratificante e exaustiva jornada por Praga, voltamos para a Alemanha via Berlim.
Berlim é a capital da Alemanha e uma das cidades mais interessantes que já conheci. É rica em história, e até por isso, acho que valeu muito a pena conhecê-la da forma que fizemos.
Chegamos em um fim de tarde, deixamos as coisas no hotel e fomos rum ao centro da cidade...
Nossa primeira parada foi o Monumento ao Holocausto.
O local é formado por 2.700 blocos de concreto, que lembram um grande cemitério. Minha opinião... Simples, bonito e chocante, mas muito triste.
Não tive vontade de caminhar muito tempo entre os seus corredores e muito menos sentar ou deitar sobre os blocos como alguns faziam.
Vale muito a visita!

Mas sou mais de coisas alegres (se bem que em Berlim muita coisa te faz lembrar da insanidade de Adolf Hitler) e bonitas, por isso fomos ao Portão de Brandemburgo... Um espetáculo ver a mudança de cor com o final da tarde e início da noite. Essa é a única de uma série de outras entradas de Berlim que sobreviveu a toda história e mudanças.
Eu estava bastante ansiosa para conhecer o que restou do famoso Muro de Berlim, e já pude ter uma idéia de como a cidade foi marcada por ele, logo após cruzar o Portão de Brandemburgo...

Como não tínhamos reservado a visita à cúpula do parlamento, pela Internet, tivemos que pegar a fila enorme para conseguir realizá-la no dia seguinte... Detalhe: sem agendamento, é impossível fazer a visita! A entrada é gratuita.

No dia seguinte esse foi o nosso ponto de partida. O Palácio do Reichstag,  edifício do parlamento, foi construído para ser a sede do parlamento durante o Segundo Reich da Alemanha, mas em 1999, após ser submetido a uma grande reforma, passou a ser a sede do Bundestag (câmara dos deputados).
Ao entrar na cúpula  você recebe um aparelho  de áudio que conta a história do prédio e de alguns pontos da cidade, enquanto você caminha.
Muito legal, além de o lugar ser bem bonito, você também tem uma vista incrível de Berlim.
Como nossos pés ainda não estavam recuperados decidimos largar a vida de andarilho e entrar em um desses ônibus de turismo.
Foi uma boa escolha pelo fato de podermos ouvir toda a história de cada local.
Detalhe: é possível ouvir em português.
E lá fomos nós em nosso ônibus amarelo conhecer a cidade... Você pode parar em todos pontos e pegar o próximo ônibus.
Por exemplo, o Checkpoint Charlie, que era um posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental, quando o muro ainda estava de pé,  você pode ler um pouco da história dessa época tão louca e triste p/ o país. Ele era usado somente pelos membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros para passar de um lado p/ o outro, hoje em dia, é um dos locais com maior aglomeração de turistas.
Mas falando mais um pouco de história e de uma parada realmente obrigatória, o famoso muro de Berlim, que dividia a cidade em Ocidental e Oriental, simbolizava também a divisão do mundo em dois blocos: o bloco capitalista e o bloco comunista.
Tudo começou após a Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação, que eram  controladas por Estados Unidos, França, Inglaterra e União Soviética (Berlim estava situada na zona de controle soviética), mas como era a sede do Conselho de Controle dos Aliados, também dividida em quatro setores.
Durante a Guerra Fria entre Oriente e Ocidente, a União Soviética bloqueou pela primeira vez o acesso terrestre aos setores outros setores de Berlim, impedindo qualquer tipo de produto chegasse a estas partes.
Em maio de 1949 a União Soviética suspendeu o bloqueio à Berlim Ocidental e no dia 23 de maio de 1949, as zonas controladas pelos EUA, França e Inglaterra foram transformadas na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) capitalista. A da zona controlada pela União Soviética, foi criada a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) comunista.
Até 1961, entre as partes de Berlim era livre, porém, começou a aumentar o número de alemães orientais que imigravam para a Alemanha Ocidental, já que lá, tinham melhores condições (mundo capitalista).
Mas em 12 de agosto de 1961 o governo da Alemanha Oriental decidiu fechar as fronteiras que davam acesso a Berlim. Ainda durante a madrugada, policiais e soldados colocaram arame farpado e barreiras ao longo de toda a fronteira, e logo em seguida o muro começou a ser construído.
Eram dois muros paralelos com uma faixa de terra no meio, que era chamada de “faixa da morte”, pois nelas existiam torres de observação, postes de luzes, e outros obstáculos.
 A fuga era “quase impossível”, já que a ordem que os soldados tinham, era de atirar caso alguém tentasse mudar de lado.
O muro de Berlim tinha 155 quilômetros de extensão, media de 3,6 metros de altura e contava com 302 torres de observação, além da patrulha e dos cães. Mesmo assim, estima-se que foram cerca de 5.000 tentativas de fuga e pelo menos 136 pessoas morreram ao tentar fugir.
As histórias são as mais tristes e incríveis... O lado comunista passava fome, pessoas acordaram com as portas das suas casas praticamento fechadas, por arame e concreto... Geralmente conto apenas as minhas experiências nas cidades, mas Berlim merecia um pouco mais!
Em 1989 o muro de Berlim foi derrubado e as ruas de Berlim Ocidental foram invadidas pelos alemães orientais que comemoravam juntamente com os alemães ocidentais.
Hoje, a maior parte do que restou do muro tem 1316m de extensão e contém 106 pinturas de artistas de diversas partes do mundo. As pinturas expressam os acontecimentos políticos ligados ao muro e estão no lado oriental, por isto chama-se “East Side Gallery”.
Existe um plano de remover parte da famosa East Side Gallery que vem provocando grande mobilização na capital alemã. Opositores veem no projeto um atentado contra história e identidade e eu concordo plenamente! Afinal, não é derrubando o que restou do muro e construindo apartamentos que vão apagar essa fase vergonhosa da história, que não deve se tornar invisível.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

República Tcheca - Praga


República Tcheca – Praga

Já cansados dos dias de Oktoberfest e da “escalada” ao castelo, nos despedimos de Munique e pegamos o carro rumo à Praga a capital e maior cidade da República Tcheca.
Apesar de terem me avisado que a cidade era linda, eu sinceramente fui sem esperar muito! Como estávamos perto e a hospedagem era grátis (minha amiga que conheci no intercâmbio do México tem alguns hotéis na cidade = faça intercâmbio e seja feliz pelo mundo), lá fomos nós...
Quando chegamos em Praga, fiquei impressionada! A surpresa foi maravilhosa!!! A cidade é linda, cheia de história e me senti em uma “era medieval moderna”, com certeza voltarei lá...

Em 2 dias conhecemos toda a cidade caminhando... Não que tudo seja super perto, mas para todos os lados que olhávamos, encontrávamos alguma coisa interessante... Resultado... Ponto a ponto conhecemos Praga e enchemos os nossos pés com as primeiras bolhas (não aconselho a mesma loucura se você tiver outras cidades p/ visitar rs).
São tantos pontos turísticos maravilhosos... Mas vou tentar destacar alguns:
Começamos nosso tour pela Rua Pařížská, próxima da praça central e o Museu Nacional, onde está a cruz de bronze em homenagem a Jan Palach. A história desse estudante é bastante interessante...
Ele morreu após atear fogo em si próprio na avenida Wenceslas, em 1969 (tinha 20 anos de idade) em protesto a invasão à República Tcheca liderada pela União Soviética com a pretensão de esmagar as reformas liberalistas.
Jan Palach (junto com Jan Zajíc que fez o mesmo) foi homenageado com uma cruz de bronze encravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com seu nome.
Mas voltando à Rua Pařížská,  ela é conhecida como a Champs-Élysées tcheca e lá estão as boutiques de luxo, restaurantes e cafés.
Passamos também por uma das “torres de pólvora”  que faziam parte das muralhas que rodeavam a cidade velha 1232.
E se já me encantei com a ponte do Brooklyn, passar pela Ponte Carlos, ou Charles Bridge (em tcheco Karlův most) foi incrível!

Essa é a segunda ponte mais antiga da República Tcheca e liga a Cidade Velha e o bairro do Castelo de Praga.


São 516 metros arquitetura gótica e 30 estátuas situadas em ambos os lados... Impressionante! Li que a maioria delas foi construídas entre 1683 e 1714 e são em estilo barroco, representam vários santos e patronos venerados naquela época. As estátuas que lá estão atualmente, são réplicas, as originais estão no Museu Nacional.



Outro ponto alto da cidade e que atrai milhares de turistas é o Orloj, o relógio astronômico medieval.
Além do show dos bonequinhos que saem do relógio de hora em hora, representando a ”Caminhada dos Apóstolos”, com as figuras dos apóstolos e outras esculturas com movimento, existe um mostrador-calendário com medalhões representando os meses (ou zodíacos, como aparecem em alguns textos) e o mostrador astronômico, representando a posição do Sol e da Lua no céu, além de mostrar vários detalhes celestes. 

Fomos também visitar a cidade dos castelos, onde está o Castelo de Praga que é uma das construções mais importantes da cidade. Lá vimos a troca da guarda e pudemos admirar de perto a gigantesca construção... Arquitetura gótica maravilhosa!!!
 Adorei caminhar pelas ruas da cidade... São vários becos e lugares apertados que te levam a encontrar uma arquitetura incrível.




Alemanha – Munich – Castelo Neuschwanstein


Marienplatz - Centro da Cidade de Munich

Nem só da festa da cerveja vive Munich, muito pelo contrário... A cidade merece uma visita por suas igrejas e seus arredores... Tanto que é considerada por muitos como a mais bonita da Alemanha.
Na região da Bavária, o excêntrico Rei Ludwig II construiu o castelo de Neuschwanstein, também conhecido como castelo da Cinderela (realmente serviu de inspiração para Walt Disney), e é um dos cartões-postais da Alemanha,visitado por milhares de pessoas anualmente.
Saindo de Munich, é muito fácil chegar a este que é um dos mais famosos castelos do mundo... São duas horas de trem até Füssen , a cidade fica nos alpes, na divisa da Alemanha com a Áustria, e lá você pode optar por pegar ônibus até a bilheteria, ou subir pela montanha... É claro que optei pela caminhada... “Aventura na veia”... Cansa horrores!!! Mas chegamos ao topo junto com as pessoas que optaram pelo ônibus, já que a fila é grande.  

As visitas têm hora marcada, cada grupo tem vagas limitadas e o acesso ao castelo só é permitido com guia! Nós fechamos tudo com uma agência de turismo que fica dentro da estação e trem, então não precisamos nos preocupar com esses detalhes.
A viagem realmente vale a pena o “Rei louco” foi muito esperto na hora de escolher o local de construção do seu delírio arquitetônico... A região é maravilhosa!
Cachoeiras, lagos de água cristalina e um castelo de tirar o fôlego!
*Não é permitido fotografar dentro do castelo.


Alemanha - Munich - Oktoberfest



O que eu posso te garantir é muita risada em uma Oktoberfest!
Tem cada figura.... E você presencia cada cena... Claro que nem todas são engraçadas, muitas são nojentas, já que muitos dos nossos simpáticos amigos alemães bebem até...
(x) cair
(x) quase morrer
(x) perder a noção
(x) passar “mal”
(x) dar vexame

As ambulâncias estão sempre por perto, principalmente na parte da tarde/noite rs
Outro ponto a interessante é a roupa típica... Muito engraçado e legal... Independente da idade, a maioria vai a caráter! Claro que algumas exageram no tamanho do decote, ou na falta de comprimento da saia... Presenciei até uma cena que a moça... Coitada! Tinha esquecido de colocar algo por baixo da saia... Normal, né? Ainda mais pq chovia fazia uns 10 graus...
Nós chegamos no primeiro dia de festa e assistimos o desfile de abertura... É como se fosse um carnaval... Prefeito, as cervejarias desfilando com carros e carruagens enfeitados, cheio de gente, fanfarras e barris de cerveja.


A festa da cerveja realmente tem cerveja de tudo quando é tipo! Porém, não é tão simples provar todas se você não tiver uma mesa reservada em uma das tendas.
A entrada é gratuita, mas reservar uma mesa custa caro.
Depois de um certo horário, com a tenda lotada é impossível entrar!
Nós conseguimos pq chegamos bem cedo, no início da festa, mas depois que saímos e tentamos conhecer outras, missão quase impossível.
Algumas marcas vendem do lado de fora, mas é muito legal conhecer a parte de dentro... A música, a festa, etc...
Comida também não falta... Principalmente se você gosta de porco! Claro que não podemos esquecer dos doces típicos.
Junto das tendas de cerveja, eles montam um parque de diversões.
Vale a pena conhecer... É incrível como um pouco de cerveja torna todo mundo feliz, animado e sorridente rs